Proibição de jogos, censura à liberdade de expressão ou proteção a integridade humana

Mesmo parecendo uma área tão livre e sem regras para se fazer o que deseja, a produção de games também tem restrições.  O nível de violência e influência que um game pode gerar no jogador; o desrespeito à ética, moral e religião de determinado local e forte apelo sexual levam a proibição de alguns jogos em determinadas partes do globo.

 Neste ano, especificamente em março, a Venezuela aprovou uma lei que proíbe a venda e importação de jogos violentos. Ou seja, quem importar, fabricar, vender, alugar ou distribuir um game fora da classificação etária no país poderá ser preso com pena de três a cinco anos. Quem comprar e usar os jogos bélicos (como ficou conhecido e tratado pela mídia esses tipos de jogos) terá que pagar multa; como também quem vincular peças publicitárias relacionadas terá de desembolsar US$ 60 mil (R$ 107 mil).

A proibição nessa área é comum e já ocorre há anos, a Grécia já proibiu todos os jogos eletrônicos, mesmo que tenha sido em um período relativamente curto (entre julho de 2002 até setembro do mesmo ano) e por uma elaboração errônea de uma lei, que visava à censura de jogos com incitação sexual.

Um dos casos brasileiros de proibição de games mais conhecidos é o do Counter - Strike, game de tiro em primeira pessoa que já foi “febre” entre os adolescentes, e por este motivo proibido por influenciar atitudes violentas. Assim, é extremamente natural a proibição de jogos desse cunho em várias partes do mundo, diferentemente do que muitos pensam.

Tentativa de uma rápida operação, como ficou conhecido
a forma de matar inimigos apenas usando faca em Counter Strike.
É uma forma de se vangloriar e irritar o adversário

Um dos jogos mais violentos dos últimos anos. Com cenas
de várias mortes grotescas e violentas; a da foto é umas das
mais sutis.

Pequenas partes de um game podem ser mudadas ou cortadas de um país para outro, por parecerem muito violentas. Isso aconteceu com Resident Evil 4, que teve um pequeno diferencial da versão americana para a japonesa. Na ocidental uma cena de morte contra um chefão foi amenizada para não causar problemas no jogo e em sua classificação (isto é tratado no post anterior sobre as 101 curiosidades do mundo gamer). Em Manhunt 2 aconteceu o mesmo, mas em seu caso por ser muito mais violento (mas muito mesmo) que o citado anteriormente foi proibido em alguns países como no Reino Unido.

Mas, um dos motivos principais para a proibição de games violentos é quando eles proporcionam tamanha violência gratuita e sem motivo aparente, que perdem o direito de venda em diversos países. Carmaggeddon, conhecido como o jogo proibido, foi censurado em diversas nações. Entre elas, Índia e Reino Unido, que modificaram o jogo, pois nele era possível atropelar qualquer um, desde gestantes até homossexuais, ganhando recompensas e pontuações pelo feito. Na modificação, indiana as vacas foram removidas por serem sagradas, já na outra os seres humanos foram trocados por zumbis e robôs.

Jogo de corrida, em que era possível atropelar qualquer
um. No entanto foi proibido em diversos países e também
sofreu diversas modificações para poder ser aceito.

Assim, muitos jogos são proibidos, pois há certa preocupação com a saúde mental dos jogadores, principalmente em relação às crianças e adolescentes. Mas, muitas vezes a censura é exagerada e os motivos são um tanto radicais e em alguns casos aparentam restringir a liberdade de expressão. Como aconteceu com Marc Ecko’s Gettin Up:  Contents Under Pressure, que foi proibido na Austrália, ele nos colocava na pele de um jovem que se utilizava do grafite para lutar contra um estado opressor, que controlava a tudo e a todos; o motivo da proibição foi à glorificação do grafite.

Conhecido como Getting Up, jogo que tinha como principal
característica, um sistema criativo de grafitagem, com difere
ntes tipos e uma maneira criativa de executá-las.